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Revolução de bolso

A vitória dos smartphones como o controle remoto da sua vida - inclusive a offline

No site de perguntas e respostas Quora, alguém questiona para que servem os smartphones. Os comentários - dos mais sérios ao engraçadões - abrangem as diversas funções desses aparelhos. As respostas sustentam que servem para conectar pessoas, facilitar a rotina, executar tarefas de maneira mais ágil e – por que não? – desperdiçar vidas ou permitir que se use o banheiro sem pensar nas grandes questões da humanidade. Independentemente do tipo de uso, é fato que esses aparelhos garantiram status prioritário em nossos bolsos/bolsas, mudaram hábitos e devem ganhar ainda mais espaço em nossas vidas.

Não é pouca coisa. Se chegaram até aqui com essa moral toda – inclusive abduzindo constantemente nossa atenção e eliminando muitos outros gadgets -, é porque os celulares tornaram-se a principal plataforma de (r)evolução da tecnologia móvel.

Tuong Nguyen, analista de pesquisas da consultoria Gartner, lista três motivos desse movimento:

1 - A conveniência da portabilidade. O smartphone pode fazer o mesmo que um desktop ou laptop, com a enorme (ou diminuta) vantagem de caber no bolso;

2 - O fato de ter se tornado economicamente ível pela produção em alta escala;

3 - A facilidade de uso oferecida pelas telas sensíveis ao toque - que, depois de muito resistirem nos primeiros modelos, aram a funcionar de maneira satisfatória.
 

Caça-níqueis

Esses eletrônicos deixaram de ser vistos como telefones, enquanto aparelho que faz e recebe ligações. Viraram gadgets sempre à mão, abastecidos com muito do que você precisa, além de outro tanto que nunca vai usar. É o conceito digital do canivete multiuso. Pode-se dizer que viraram um amigo, aquele com quem você pode contar sempre, estabelecendo assim uma forte relação entre homem e máquina. Inclusive emocional. Uma pesquisa de 2015 ouviu usuários com idades entre 16 e 64 anos, de sete países diferentes, e identificou uma conexão afetiva com esses equipamentos e/ou as possibilidades que oferecem. Quem já foi salvo por um aplicativo de trânsito há de concordar sem hesitação. O mesmo para quem já se deu realmente bem no Tinder e similares... 

Outro levantamento indica que os voluntários de 18 a 33 anos usam seus smartphones duas vezes mais do que imaginam. Em termos de tempo, seriam cinco horas por dia. Ou 85 vezes, consideradas todas as ocasiões em que se confere as horas, as notificações, as fotos armazenadas ou quando se faz uso do mais poderoso escudo contra o papo de elevador. Já que tocamos no assunto, vale mencionar um estudo britânico de 2016 que tentou identificar quando ou a ser aceito ignorar a presença física de alguém para se concentrar na telinha. A resposta: quando os usuários se tornaram viciados nas possibilidades da internet portátil e aram a ter medo de ficar fora do que acontece online (o chamado fomo, sigla para fear of missing out). Se todos estão abduzidos, a tolerância – praticada por quem também não tira o olho do aparelho - ou a ser maior. 

Não é exagero dizer que se tornaram uma extensão de nossos corpos: em 2016, psicólogos europeus reproduziram um experimento em que os participantes acreditam sentir os estímulos feitos em uma mão de borracha. Na versão mais recente, a falsa mão foi substituída por um smartphone, causando a mesma sensação. Isso não aconteceu, no entanto, quando o estímulo foi feito sobre um mouse ou um pedaço de madeira que imitava o celular. “Uma combinação entre visão, sensação e experiências anteriores possivelmente garante a integração de certos objetos ao nosso corpo”, explicou um dos pesquisadores.

Para chegar até aqui, houve uma profunda transformação entre o que esses aparelhos faziam quando vieram ao mundo e o que fazem hoje. No “antes” estão chamadas de voz (caríssimas), troca de mensagens de texto e, vá lá, armazenamento de meia dúzia de contatos. A descrição do “depois” deixamos para Philip Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, em pronunciamento nos dez anos do iPhone: “Fazemos chamadas de voz e de vídeo, registramos e compartilhamos fotos e vídeos, ouvimos música, usamos redes sociais, jogamos, nos localizamos e descobrimos novos lugares, fazemos pagamentos, navegamos na internet, trocamos e-mails, istramos contatos e calendários, ouvimos podcasts, assistimos à TV, a filmes e a esportes, além de gerenciarmos nossas atividades físicas e nossa saúde”.

Schiller estava falando do iPhone, é claro. Mas aqui você pode substituir o aparelho da Apple por toda a categoria que ele representa. Sim, porque hoje qualquer smartphone executa, com mais ou menos qualidade, todas essas tarefas - é a chamada convergência tecnológica, cada vez mais smart e menos phone. As vítimas dessa história são os aparelhos que acabam sendo considerados inúteis. Incorporados pelo telefone, eles precisam desistir da carreira solo, como aconteceu com rádio-relógio, câmera digital, agenda eletrônica, toca-MP3, GPS, calculadora...

Paralelamente à soma desses recursos, a internet móvel ganhou qualidade e penetração, fazendo do smartphone o primeiro “computador” de muitos que ainda não tinham o a estas máquinas mais robustas.

André Varga, diretor da divisão de dispositivos móveis da Samsung, considera um trunfo o fato de o celular ser tão pessoal. Algo bem diferente do que acontecia com seu anteado, o telefone fixo, que ficava na sala de casa e podia ser alvo de disputa entre os moradores. “A pessoa pode mudar de Estado, se divorciar, e o telefone continua sendo dela. Onde vai, o celular vai junto. É também o dispositivo com o qual mais a tempo. Nesse quesito se equipara ao relógio de pulso, à caneta e à carteira, que os smartphones também já podem substituir.”

Em 2013, duas décadas após o lançamento do primeiro smartphone (o Simon, da IBM), esses aparelhos com sistema operacional, cheios de funções e aplicativos superaram no Brasil e no mundo a venda dos feature phones – opções bem mais simples também conhecidas como dumb phones (telefones burros). Juntas, as duas alternativas formam a categoria de celulares.

Ainda sobre essas denominações ligadas à inteligência, um estudo britânico publicado em 2015 aponta que muitos usuários de smartphones acabam preferindo o poder computacional ao cerebral, tornando-se mais preguiçosos na hora de pensar (sabe aquela busca marota no Google para confirmar a capital de um país?). Já aqueles com mais habilidades cognitivas e mais dispostos a raciocinar usam menos os buscadores disponíveis na palma da mão. A pesquisa não diz isso, mas na prática sabemos que o mesmo acontece com a memória: quanto mais informações armazenadas no celular, menos nos damos ao trabalho de memorizar (ou vai dizer que sabe de cor o telefone de três amigos próximos?).

Com os celulares sempre perto e a onipresença da internet, houve um movimento de eles se tornarem o controle remoto de nossas vidas digitais: o telefone já comanda TVs, luzes, temperatura, câmeras de segurança, fechadura e outros itens conectados que compõe a categoria IOT (internet of things ou internet das coisas). Este cenário - que há apenas dez anos estava mais para ficção científica do que para a realidade – deve garantir a supremacia dos smartphones ao menos pelos próximos cinco anos, segundo Nguyen, analista da Gartner. “Eletrônicos vestíveis também entram neste contexto, porque viram extensão do hub [ponto central] comandado pelos smartphones”, afirma o especialista. “Eles não substituem, mas se somam aos telefones.”   

A missão de substituir o atual (melhor?) amigo do homem não será simples. Os óculos inteligentes Google Glass apresentaram muitas possibilidades na categoria de portáteis, mas suas vendas foram suspensas. A comercialização global de tablets, segundo a consultoria IDC, caiu de 230 milhões em 2014 para 175 milhões em 2016. Essa mesma empresa indica uma queda de 52% nas vendas globais de smartwatches entre o terceiro trimestre de 2015 e 2016 (de 5,6 milhões para 2,7 milhões). Já a Gartner identificou que, em 29% dos casos, quem compra um relógio inteligente deixa de usá-lo por não considerá-lo útil o bastante. A taxa de desistência foi avaliada como alta, e a sugestão para revertê-la é que os relógios diferenciem suas funções daquelas já oferecidas pelos smartphones.
 

Apesar de estarem em alta, as vendas globais desses telefones inteligentes deixaram de subir na casa dos dois dígitos por ano. Trata-se de algo esperado, se considerado que o público-alvo já adquiriu seu aparelho e agora só o substitui de tempos em tempos. Como a qualidade geral dos produtos é boa, as telas sensíveis funcionam, as baterias duram um dia inteiro e as câmeras tiram boas fotos, essa troca tende a acontecer em caso de real necessidade. Dificilmente alguém está disposto a desembolsar centenas e até milhares de reais porque o lançamento faz tudo um pouco melhor que sua versão anterior.

Surge assim uma insatisfação típica dos geeks no sentido de que os fabricantes já não mais colocam revoluções em nossos bolsos como em 2007, quando Steve Jobs anunciou seu poderoso três-em-um (que gerou um “agora eu vi valor” coletivo ao desenvolver muito bem e empacotar tecnologias já existentes). “Vamos apresentar três produtos revolucionários. O primeiro: Um iPod de tela grande controlado pelo toque. Segundo: um telefone celular revolucionário. E o terceiro é um equipamento disruptivo de comunicação via internet. [...] Vocês estão entendendo? Não são três dispositivos separados, apenas um, e ele se chama iPhone.” Talvez não tenhamos entendido o tamanho da revolução à época, Steve. Mas agora tudo faz sentido.

Ironicamente, hoje uma forma de surpreender é seguir pela contramão. Foi o que fez a Nokia ao trazer de volta do celular 3310, aquele com fama de indestrutível e bateria infinita. Mas a vitória, aqui, foi da nostalgia e não da inovação, considerando que o aparelho basicão chegará ao mercado com o jogo da cobrinha, teclado alfanumérico e câmera de 2 megapixels.

Para Ivair Rodrigues, diretor de pesquisa da consultoria IT Data, a verdadeira revolução não mais virá do hardware – apesar de muitos fabricantes estarem focados em baterias potentes, telas dobráveis, superfícies inquebráveis, maior capacidade de processamento e tudo aquilo que as marcas adoram alardear. “O que determina a mudança tecnológica não é o aparelho, mas sim o que está dentro dele. Por isso os aplicativos devem ganhar cada vez mais importância, mudando nossos hábitos e revolucionando o nosso dia a dia”, acredita Rodrigues.

Na prática, essas ferramentas saberão com mais precisão quais as nossas necessidades, dependendo do momento e da localização do usuário (“seu ônibus empacou na volta para casa? Por que não desce aqui e toma um chopp? Ou compra, com desconto, o livro em que está interessado">

Colaboraram nesta edição: Claudia Cotes, fonaudióloga; e Danilo Pontes, câmera e edição de vídeo.

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Direção: Rodrigo Flores; Edição: Daniel Tozzi; Reportagem: Juliana Carpanez, Natália Eiras, Rodrigo Bertolotto; ux/design: Marcelo Gerab, Mariana Romani, Solenn Robic; vídeo: Mariah Kay, Ugo Soares;