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A favor e contra Lula, brasileiros voltam a ocupar as ruas de Lisboa

Apoiadores de Lula na frente do Palácio de Belém, onde o presidente eleito se encontra com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa - Luciana Alvarez/UOL
Apoiadores de Lula na frente do Palácio de Belém, onde o presidente eleito se encontra com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa Imagem: Luciana Alvarez/UOL

Luciana Alvarez

Colaboração para o TAB, de Lisboa

18/11/2022 16h34

Com cartazes, bandeiras e um bom repertório de gritos de guerra, grupos de apoio e contrários ao presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se concentraram em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, onde o político brasileiro foi recebido na tarde desta sexta-feira (18) pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na hora ninguém viu Lula, que entrou com sua comitiva em carros escuros, mas a chegada do presidente eleito foi uma oportunidade para cada grupo expor suas preferências publicamente nas ruas da capital lusitana.

O palácio fica em uma região bastante turística, próximo a pontos de transporte público. A polícia fez cordões de isolamento para evitar conflitos e desviar o fluxo de pessoas que avam pelo local. A cena lembrava bastante o que aconteceu durante primeiro e segundo turnos das eleições brasileiras.

Nos últimos meses, as ruas da cidade portuguesa viraram palco de protestos de eleitores bolsonaristas, coincidindo com a data de protestos convocados pelo presidente no Brasil, como no 7 de setembro. Quem votou em Lula deixou para os dias do pleito o uso de bandeiras e camisetas vermelhas. Em Portugal votaram 37.501 eleitores no 2º turno. Lula teve 64% dos votos.

Ao lado direito do palácio, o grupo vestindo verde e amarelo se recusava a ser classificado como "bolsonarista" ou "a favor de Bolsonaro". Seus integrantes se negaram a dar entrevista. Da mídia brasileira, só falariam com a Jovem Pan, disse uma manifestante que não quis se identificar, mas que parecia ser uma das líderes da claque anti-Lula. Os gritos do grupo se resumiam a ofensas ao presidente eleito, ao STF (Supremo Tribunal Federal), além de pedidos de ajuda às Forças Armadas.

Brasileiros contrários à vitória de Lula protestam na frente do Palácio de Belém, em Lisboa - Luciana Alvarez/UOL - Luciana Alvarez/UOL
Brasileiros contrários à vitória de Lula protestam na frente do Palácio de Belém, em Lisboa
Imagem: Luciana Alvarez/UOL

À esquerda do edifício, um grupo de vermelho com algumas bandeiras do Brasil cantava e gritava em apoio a Lula. Muitos sabiam que era improvável ver o presidente eleito, mas fizeram questão de ir para mostrar apoio. No sábado pela manhã (19), Lula se reúne com grupos de esquerda da comunidade brasileira em Portugal.

Houve breves momentos de confusão, como quando o estudante Bernardo Mussio, 18, ou pelo meio do grupo de verde e amarelo. "Sai da estação [de trem], vim caminhando e, quando vi, estava no meio deles. Na minha bolsa tinha uma bandeira do Brasil, que na hora puxei para fora, mas alguém viu que eu tinha um broche do PT", contou. Ao ser hostilizado verbalmente, começou a gritar "perderam!" e teve o cabelo puxado. Um policial logo interveio, levando-o para o grupo à esquerda.

Bernardo Mussio, 18, teve de ar pelo grupo contrário a Lula e foi agredido quando o identificaram como eleitor petista - Luciana Alvarez/UOL - Luciana Alvarez/UOL
Bernardo Mussio, 18, teve de ar pelo grupo contrário a Lula e foi agredido quando o identificaram como eleitor petista
Imagem: Luciana Alvarez/UOL

Mesmo com o pequeno susto, Bernardo estava feliz de participar da manifestação. "Até queria ver o Lula, mas vim mais para representar o verdadeiro sentimento do povo brasileiro, que é de esperança. Hoje buscando a força de Gal Costa, que apoiou Lula até o fim", disse.

Nem todos os brasileiros no local, contudo, estiveram ali para defender um dos lados. Alguns pararam mesmo no meio, por curiosidade, para presenciar e postar nas redes sociais. "Trabalho aqui perto, ei de moto, vi a movimentação e quis ver. Começou bem pacífico, mas depois esquentaram os ânimos", afirmou Kalleby Maciel, 26, entregador por aplicativo. Apesar da curiosidade, disse que teria de ir embora logo, porque ia começar a hora dos pedidos do jantar.

Kalleby Maciel (de jaqueta do Exército), entregador por aplicativo, parou para ver os grupos protestando em Lisboa - Luciana Alvarez/UOL - Luciana Alvarez/UOL
Kalleby Maciel (de jaqueta do Exército), entregador por aplicativo, parou para ver os grupos protestando em Lisboa
Imagem: Luciana Alvarez/UOL

Ainda que estivesse se divertindo, acredita que a "bagunça" atrapalha a reputação dos imigrantes brasileiros. "Acaba reforçando a imagem de que os brasileiros são meio selvagens." Ele não votou.

E houve ainda quem tenha se arrependido de ter gritado. Jaine, 30, não quis ser fotografada nem dar o sobrenome porque tem medo de perseguição, pelo fato de ser cristã evangélica. Depois de uma hora protestando no meio do grupo verde e amarelo, afastou-se.

"Ele [Lula] errou, mas todos nós somos pecadores. É como na agem da Bíblia, em que Jesus fala que se ninguém tiver errado, que atire a primeira pedra. O Espírito Santo veio como uma flecha no meu coração, me dizendo que a gente tem que amar a vida do próximo. Essa manifestação está causando ódio", disse.