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Quem é o documentarista expulso do 'zap' após discussão com Sergio Moro

"Não devo desculpas a você. Você que deve desculpas ao Brasil", escreveu o diretor Lucas Mesquita (foto) ao ex-juiz Sergio Moro - Mathilde Missioneiro/Folhapress
'Não devo desculpas a você. Você que deve desculpas ao Brasil', escreveu o diretor Lucas Mesquita (foto) ao ex-juiz Sergio Moro Imagem: Mathilde Missioneiro/Folhapress

Do TAB, em São Paulo

20/10/2022 04h01

Dirigindo nos arredores de Ceilândia (DF) na segunda-feira (17), Lucas Mesquita, 35, teve a ideia de um roteiro para uma história de amor em quatro atos: o momento em que o casal se apaixona, o casamento, o divórcio e a reconciliação. O casal, no caso, era o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e senador eleito Sergio Moro (União Brasil).

Diretor de "Contra o golpe", curta-metragem sobre os atos pró-democracia de agosto no Largo São Francisco, em São Paulo, o documentarista brasiliense criticou a reconciliação entre Bolsonaro e Moro, revelada com a presença do ex-ministro nos bastidores do debate realizado por UOL, Band, Folha e TV Cultura no domingo (16). A crítica foi feita no "Parlatório", um grupo de WhatsApp composto por cerca de 250 empresários, intelectuais, jornalistas, publicitários e políticos — entre eles, o próprio Moro.

O ex-juiz não gostou dos comentários e pediu a expulsão de Lucas do convescote moderado pelo jurista Heleno Torres e pelo jornalista Carlos Marques, da IstoÉ, entre outros. Do estúdio da Band, Moro respondeu às críticas. Uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria "inaceitável sob todos os aspectos", disse, na réplica. "Toda sua movimentação após deixar a magistratura só mostra que de fato foi um juiz parcial", Lucas escreveu, na tréplica. A "treta" foi revelada pela jornalista Andréia Sadi, na GloboNews.

Segundo o documentarista, os moderadores não o censuraram. A contragosto, pediu desculpas a Moro. Horas depois, o ex-ministro retomou a conversa: "Não aceito pedido de desculpas nesses termos, mas vou escolher só ignorar suas manifestações já que enviesadas".

'Bolsonaro e Moro: uma história de amor', vídeo feito pelo documentarista Lucas Mesquita - Reprodução - Reprodução
'Bolsonaro e Moro: uma história de amor', vídeo feito pelo documentarista Lucas Mesquita
Imagem: Reprodução

Enquanto dirigia, Lucas conversou com um amigo editor de vídeos para concretizar o roteiro "Bolsonaro e Moro: uma história de amor", uma composição simples de 3 minutos com declarações da aliança celebrada pelos políticos em 2018, do rompimento conturbado em 2020, e do recente retorno. A intenção era postar o vídeo no Instagram e no Twitter, mas o diretor mudou de ideia e o jogou no WhatsApp. "Ficou pronto na hora em que Moro me deu uma provocada [dizendo que não aceitava as desculpas]. Aí pensei: ah, chega."

"Oi, Sérgio", Lucas escreveu nessa noite. "Não devo desculpas a você. Você que deve desculpas ao Brasil", continuou. "Suas mãos estão sujas de sangue. Você é cúmplice de tudo isso que está acontecendo no país."

Lucas também se referiu a Moro como "tchutchuca de miliciano". Segunda foi seu último dia no zap dos políticos e empresários: as mensagens e as mídias compartilhadas foram excluídas e o diretor, expulso. Foi "uma decisão do colegiado" — com integrantes como Moro e Geraldo Alckmin (PSB), o grupo possui regras e um tipo de curadoria, conta o documentarista.

Lucas e Gabriel Mesquita, diretores dos documentários 'Contra o golpe' e 'Eles poderiam estar vivos' - Lucas Mesquita/Arquivo pessoal - Lucas Mesquita/Arquivo pessoal
Lucas e Gabriel Mesquita, diretores dos documentários 'Contra o golpe' e 'Eles poderiam estar vivos'
Imagem: Lucas Mesquita/Arquivo pessoal

Do Flamengo à SanFran

Já seu primeiro dia no "Parlatório" ele não lembra ao certo, foi há "cerca de dois ou três anos", arrisca. "É reservado, mas na época em que eu entrei não era tanto. Entrei e fui ficando."

Lucas estudou jornalismo e trabalhou muito tempo como assessor de imprensa — atuou, por exemplo, no comitê de Michel Temer (MDB) na chapa de Dilma Rousseff (PT) de 2010. Mas foi por volta de 2012 que se interessou mais por relações de poder, noutro tipo de eleições: engajou-se na campanha de Eduardo Bandeira de Mello para a presidência do Flamengo no triênio 2013-2015.

Flamenguista, queria derrubar a então presidente Patricia Amorim. "Na época, fiz uma 'falsa' propaganda eleitoral para ela, destacando motivos sarcásticos para votar nela", lembra. "Fez o maior sucesso, e o pessoal da situação queria me expulsar do clube, foi a maior confusão. Esse negócio de quererem me expulsar não é novidade, não."

Especializou-se em produções audiovisuais e, junto ao irmão caçula, o cineasta Gabriel Mesquita, 32, apostou em dois documentários: "Contra o golpe", um filme relâmpago gravado nos dias 10 e 11 de agosto e lançado em 15 de setembro na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; e "Eles poderiam estar vivos", longa-metragem "feito na força do ódio", crítico à condução da pandemia no Brasil, que estreou em 22 de setembro.

"Quem matou nossos amores não pode permanecer no poder", diz o convite para um ato que o documentarista organizou junto a diversos parceiros, entre eles a Avico (Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19) nesta quinta-feira (20), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. "Dia 30, vote por eles" é a campanha. No domingo (23), também deve realizar uma ação na avenida Paulista, em São Paulo.

Gabriel mora em Vancouver, no Canadá. Lucas diz que eles pretendem um dia abrir uma produtora. "Mas, até 30 de outubro, não consigo pensar em mais nada", pondera — está focado na campanha de Lula, voluntariamente, diz ele, produzindo vídeos para compartilhar com personalidades como Gregorio Duvivier e Ricardo Noblat, a fim de viralizar. "Militando mesmo", diz ele, que está considerando se filiar ao PT. "Bolsonaro e Moro foram me jogando para a esquerda."