"Mais estrangeira que Marte": ilustradora explica Wuhan antes da covid-19

A ilustradora Laura Gao cresceu frustrada toda vez que falava de sua cidade natal. "Eu sou de Wuhan", dizia. Diante das perguntas pitorescas que ela ouvia de volta, parecia que o importante centro comercial da China, na verdade, não estava em nenhum mapa. "Wuhan era mais estrangeira que Marte", diz.
Essa realidade ficou no ado. Desde dezembro de 2019, Wuhan finalmente se tornou conhecida, mas da pior forma possível. A capital da província da China central é o berço do novo coronavírus, epicentro da pandemia que afeta e apavora quase o mundo inteiro hoje.
Agora, com 23 anos e morando em São Francisco, nos Estados Unidos, Gao não a uma hora sem ouvir o nome de Wuhan, acompanhado sempre de observações negativas, quando não preconceituosas. "Vocês todos merecem isso por comer coisas estranhas" foi o que ela mais ouviu quando o vírus ainda estava à China.
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